Em protesto pela morte de Elton Brum da Silva, assassinado na última semana após despejo realizado pela brigada militar gaúcha, o Movimento Sem Terra (MST) realiza marchas, vigílias e bloqueios de rodovias em várias regiões do Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (27).
Em São Gabriel (RS), região sul do estado, acampados e assentados da reforma agrária, integrantes de movimentos sociais e sindicatos realizaram marcha do centro da cidade até a Fazenda Southall, local onde Brum foi morto. Em Canguçu, na região Sul, às 16h, aconteceu celebração ecumênica no cemitério da Comunidade Solidão, onde o trabalhador Elton está enterrado. De acordo com Neiva Vivian, da coordenação do MST, as mobilizações ocorrem pacificamente e deverão se estender por tempo indeterminado.
“Os atos que estamos fazendo aqui em São Gabriel e em vários lugares do estado é em repúdio à humilhação, repressão e morte que ocorreu em São Gabriel. Várias pessoas estão feridas e um companheiro foi assassinado covardemente pelas costas. Queremos mostrar para os mandantes e para quem atirou que nós continuamos marchando, apesar da dor, de cabeça erguida. Nós temos um compromisso com a família do companheiro Elton e também com o Movimento que é transformar todos os latifúndios em assentamentos”, afirma.
Em Sarandi, na região Norte gaúcha, cerca de 150 acampados bloquearam a BR-386. Em Julio de Castilhos (RS), acampados realizaram um protesto em frente ao Fórum no centro da cidade. Em Santana do Livramento, na Fronteira, cerca de 50 sem terra iniciaram, às 10h desta quinta-feira (27), uma vigília em frente à Justiça Federal. Às 16h realizam uma audiência com o juiz Belmiro Krieger para tratar da desapropriação das fazendas Antoniazzi e 33, que tiveram seus processos suspensos pela Justiça.
Também nesta quinta-feira (27), em Porto Alegre, às 17h, cerca de 200 pessoas iniciam uma vigília na Praça da Matriz. Às 17h30 acontece audiência no Ministério Público Federal (MPF), em que irão cobrar os resultados da investigação sobre a morte de Elton e a responsabilização dos envolvidos.
Este boteco servirá para trazer aos amigos e amigas algumas das discussões para a mesa de bar sobre meio ambiente,economia solidária, movimento estudantil e a construção de uma sociedade justa, soberana e fraterna. Serão servidas doses apimentadas, doces, suaves, amargas e ácidas tudo de acordo com o gosto da clientela que por aqui irá passar Sinta-se a vontade peça a sua dose de palavras no cardápio e saboreie com participação.
Marco Weissheimer
Buenas vivente
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
MST faz mobilizações para marcar morte de sem terra
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Frente da Terra critica Yeda e Ministério Público por morte de sem-terra no RS
A Frente Parlamentar da Terra no Congresso Nacional divulgou na manhã desta segunda-feira (24/8) uma nota em que critica a governadora Yeda Crusius (PSDB) e o Ministério Público do Rio Grande do Sul pela morte do trabalhador rural Elton Brum, ocorrida na sexta-feira (21/8).
"Fotos do corpo do trabalhador sem-terra atestam que os disparos que o mataram foram feitos pelas costas", diz a nota, assinada pelo deputado Dr. Rosinha (PT-PR), presidente da Frente da Terra.
No documento, Dr. Rosinha aponta que a polícia gaúcha agiu de forma contrária ao que prevê o Manual de Diretrizes Nacionais para Execução de Mandados Judiciais de Manutenção e Reintegração de Posse Coletiva, que restringe o uso de cães, cavalos e armas de fogo em tais operações.
A frente parlamentar repudia ainda as declarações feitas pela promotora Lisiane Villagrande, que representou o Ministério Público Estadual durante a operação e chegou a declarar que os policiais teriam sido “extremamente profissionais”.
O marido da promotora, Clarindo Fonseca, é sócio de uma fazenda de 450 hectares em São Gabriel. "Onde está a independência do Ministério Público do Rio Grande do Sul, que elogia uma operação que terminou com a morte de um trabalhador rural?", questiona Dr. Rosinha.
A seguir, a íntegra da nota:A Frente Parlamentar da Terra, que reúne cerca de 200 deputados e senadores que apóiam a reforma agrária no Congresso Nacional, registra seu pesar e sua indignação pelo assassinato do trabalhador rural Elton Brum da Silva, 44 anos, pai de dois filhos, ocorrido na última sexta-feira (21/8) em São Gabriel (RS).
Ao se solidarizar à dor da família e ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a frente parlamentar repudia mais uma ação violenta praticada pela Brigada Militar do governo Yeda Crusius (PSDB).
Fotos do corpo do trabalhador sem-terra atestam que os disparos que o mataram foram feitos pelas costas. Conforme o depoimento de testemunhas, o assassinato ocorreu quando a situação na fazenda Southall já estava controlada e não havia resistência.
Além da morte de Elton Brum, a ação policial resultou ainda em dezenas de feridos, entre eles mulheres e crianças, com ferimentos de estilhaços, espadas e mordidas de cães.
A Frente Parlamentar da Terra denuncia que a polícia gaúcha agiu de forma contrária ao que prevê o Manual de Diretrizes Nacionais para Execução de Mandados Judiciais de Manutenção e Reintegração de Posse Coletiva, que restringe o uso de cães, cavalos e armas de fogo em tais operações.
Repudiamos ainda o teor das declarações feitas pela promotora Lisiane Villagrande, que representou o Ministério Público do Rio Grande do Sul durante a operação e chegou a declarar que os policiais teriam sido “extremamente profissionais”.
Lisiane, cujo marido é sócio de uma fazenda de 450 hectares em São Gabriel, fez o elogio embora admita ter ficado “a uma distância razoável” dos acontecimentos.
Diante desses fatos, questionamos:
1) Onde está a independência do Ministério Público do Rio Grande do Sul, que elogia uma operação que terminou com a morte de um trabalhador rural?
2) Que interesses impediram o poder Judiciário local de desapropriar a Fazenda Antoniasi, onde Elton Brum seria assentado?
3) Por que os policiais que participaram da operação portavam armamento letal, inclusive espingardas calibre 12?
4) Até quando será tolerada a política de criminalização dos movimentos sociais e de violência contra os trabalhadores praticada pelo governo tucano de Yeda Crusius no Rio Grande do Sul?
Que os culpados pela morte de Elton Brum e pelos feridos sejam investigados e punidos. Que as famílias acampadas no Rio Grande do Sul sejam assentadas e tenham as condições de infraestrutura para trabalhar.
Segunda-feira, 24 de agosto de 2009.
Dr. RosinhaPresidente da Frente Parlamentar da Terra no Congresso Nacional
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
CPI da corrupção
Oposição se reúne com procurador-geral da República em Brasília
Deputados da oposição se reúnem no final da tarde desta quarta-feira (29) com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para tratar da ação por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal contra a governadora Yeda Crusius e outros oito integrantes do Executivo. Os parlamentares deverão buscar também informações sobre as investigações relativas a desvios de recursos do Detran, que estão sendo realizadas pelo órgão.
Participam da audiência com o procurador os deputados Stela Farias (PT), Daniel Bordgnon (PT), Elvino Bohn Gass (PT), Fabiano Pereira (PT), Gilmar Sossella (PDT) e Raul Carrion (PCdoB).
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Morre Lentamente
sábado, 15 de agosto de 2009
Multidão vai as ruas e exige Fora Yeda
O dia da Jornada Nacional de Luta, no Rio Grande, foi marcado por protestos exigindo o impeachment da governadora Yeda, ré em ação movida pelo Ministério Público Federal. Caravanas de vários municípios do Estado e de diversas regiões da capital dirigiram-se para a Praça da Matriz reunindo mais de 3 mil manifestantes na manhã desta sexta-feira (14). O PT gaúcho teve como protagonista a Juventude petista que se concentrou no Largo Glênio Perez e seguiu em marcha até a Praça da Matriz.
Abaixo fotos da marcha e do ato
A mídia amiga
Diferente de registros equivocados pela mídia tradicional, o ato FORA YEDA mobilizou milhares de manifestantes que mexeram com a capital dos gaúchos e a presença, de pouco menos de 40 manifestantes pró-Yeda em frente à Assembleia, foi considerada provocação por parte dos organizadores da marcha e só demonstrou o isolamento da governadora.
BM
A ação da Brigada Militar dificultou o acesso ao Palácio Piratini. Militantes foram barrados, ônibus revistados e o comando da BM restringiu a exibição de cartazes e de faixas.
Militantes dos movimentos sociais se revezaram no caminhão de som, defendendo a abertura do processo de impeachment e a CPI da Corrupção. Não faltaram também recados para os deputados da base de apoio da governadora. “A Assembleia tem que cumprir o seu papel. Vamos denunciar aqueles que tentarem abafar a corrupção”, avisou um dos representantes dos estudantes.
A deputada Stela Farias (PT), que deverá ser a presidente da CPI, disse que o parlamento gaúcho não irá se negar a assumir suas responsabilidades. “Vamos passar a limpo esta página triste da história gaúcha, responsabilizando aqueles que não souberam honrar o Rio Grande do Sul e o seu povo.”
com ptsul
Fotos ato FORA YEDA
Tina Griebeler
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Senadores petistas acreditam que Marina Silva está mesmo decidida pela filiação ao PV
Apesar de não ter oficializado sua decisão sobre a permanência ou não nos quadros do PT, colegas de bancada da senadora Marina Silva (PT-AC) dão como certa a sua ida para o PV. O senador Delcídio Amaral (PT-MS), afirmou que, aparentemente, a senadora acreana já optou pela troca de partido.
“Apesar de todo o esforço da bancada do PT para a permanência da senadora Marina Silva, lamentavelmente, parece que a decisão já foi tomada “, disse o petista. Outro que deixou a reunião da bancada de terça-feira (11) com a impressão de que Marina Silva já tomou a decisão é Augusto Botelho (PT-RR).
O parlamentar deixou o almoço de senadores petistas, que ocorre toda terça-feira, com a mesma impressão de Delcídio Amaral. Já o senador Paulo Paim (PT-RS), considerou “tímida” a carta aberta da bancada de apelo para que a senadora permaneça nos quadros petistas.
“A nota da bancada foi muito tímida, na minha opinião, para quem pretende manter um quadro com a Marina no partido”, disse o petista gaúcho. Para ele, uma eventual candidatura presidencial pelo PV de Marina Silva, em 2010, vai “alterar completamente o quadro sucessório que se desenha hoje”.
Tanto ele, quanto Augusto Botelho, acreditam que a senadora tem potencial para repetir, na esfera nacional, o que ocorreu com Fernando Gabeira (PV-RJ) na candidatura a prefeitura da capital fluminense, em 2006, quando conquistou boa parte de dos votos no eleitorado mais jovem. Senadores próximos a petista como Pedro Simon (PMDB-RS) e Cristovam Buarque (PDT-DF) também pensam da mesma forma.
Fonte: Marcos Chagas/ Agência Brasil
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Vida longa a luta do povo pela reforma agrária e urbana
"O acampamentos nacional do MST e as várias iniciativas de mobilização nos estados são elementos que demonstram a vitalidade da luta social em torno das questões da reforma agrária e do desenvolvimento da agricultura familiar na sociedade brasileira.
"Relançadas pela crise internacional do capital, essas questões só serão efetivamente levadas ao centro do debate político e econômico nacional com mobilização social e elaboração de bandeiras que unam um amplo espectro urbano e rural.
"Por isso, saudamos efusivamente as mobilizações e sua articulação com jornadas unitárias construídas nacional e internacionalmente desde a Assembléia dos Movimentos Sociais, por ocasião do Fórum Social Mundial de Belém.
"O assentamento das famílias acampadas, a atualização dos índices de produtividade da terra e a recomposição orçamentária do MDA - eixos principais das mobilizações - se inserem perfeitamente no debate que estamos suscitando por ocasião do II Colóquio PT x Movimentos Sociais, de uma agenda comum que possa ser construída para esse próximo período, preservando-se sempre as autonomias entre PT e movimentos sociais e destes entre si.
"Ao ressaltar o protagonismo do MST na retomada das lutas focadas no impulsionamento dos projetos de reforma agrária e de construção de unidade política do campo democrático e popular para o avanço das mobilizações em torno de bandeiras gerais de interesse de classe de trabalhadores e trabalhadoras, entre os quais destaco a campanha O Petróleo tem que Ser Nosso, lutamos para associar petistas de todo o país a este esforço de construção coletiva que projeta uma país mais justo e soberano."
Renato Simões
Secretário Nacional de Movimentos Populares e Políticas Sociais do PT
terça-feira, 11 de agosto de 2009
O momento é de pressão popular !!
O momento político no RS exige dos movimentos sociais uma grande mobilização nos próximos meses. A governadora Yeda esta a um passo de se despedir do Palácio Piratini. A CPI instalada na assembléia legislativa tem tudo para o governo tentar manobrar e esfriar as denuncias apresentadas pelo MPF.
A CPI combinada com a mobilização popular solicitando o Impeachment da governadora Yeda tem tudo para colocar o RS nos próximos meses em uma verdadeira guerra. Os setores da burguesia se dividem e não sabem qual o projeto que irão defender no próximo período.
Os partidos de esquerda e os movimentos sociais devem aproveitar a CPI para desgatar o governo Yeda e seus aliados e assim enfraquecer o projeto neoliberal que virá disputar o governo do RS em 2010 com uma nova roupagem.
Por isso é o momento dos movimentos sairem as ruas e fortalecer as mobilizações pela ampla investigação das fraudes ocorridas no Detran e outros órgãos do governo. Solicitar que nossos deputados e deputadas peçam o impeachment da governadora Yeda e saibamos utilizar o desgaste deste governo para o ano de 2010 na disputa de rumos do RS.
Dia 14 na sexta feira todos as ruas ! O Rio Grande precisa de sua indignação contra a corrupção.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
O dia do cinismo
Por Marco Aurélio Weissheimer
O nível de cinismo transbordou hoje o 12° andar do prédio da Assembléia Legislativa. Foi uma verdadeira corrida maluca para assinar o requerimento da CPI. Adversários ferrenhos da proposta saíram em desabalada carreira atrás do documento, improvisando discursos que, após uma longa amnésia, lembraram, finalmente, que é papel do Parlamento investigar os atos do Executivo. Os deputados do PMDB ganharam o troféu máximo neste quesito. Mal tinham assinado a CPI, já saíram reclamando do teor do requerimento, muito amplo, na avaliação deles. Traduzindo: queriam que a Operação Solidária fosse varrida do requerimento. Com 20 assinaturas garantidas desde ontem, a deputada Stela Farias respondeu: “se não concordam o requerimento então não assinem”. Mas eles assinaram. E irão para a CPI exercer o papel de “freio de mão”, para usar uma expressão cara ao deputado federal José Otávio Germano.
Uma segunda onda de cinismo ocorreu em um prédio ao lado da Assembléia, o Palácio Piratini no caso. Após a lamentável e catatônica entrevista de ontem do chefe da Casa Civil, José Wenzel, hoje foi a vez de sua chefe, a progenitora maior do Estado, dizer que está estarrecida diante da ação do Ministério Público Federal e que vai processar os procuradores. Desde o início da Operação Rodin e da corrente de escândalos que circula o Piratini, Yeda Crusius já ameaçou processar meio mundo. Não processou ninguém, com exceção da revista Veja. Já foi acusada, inclusive por ex-integrantes do governo, de ser chefe de uma quadrilha instalada no aparelho de Estado. Nunca reagiu a essa acusação. As reações da governadora são sempre contra autoridades e instituições que investigam as denúncias de corrupção no governo. E agora diz que não sabe do que está sendo acusada, conversa que, incrivelmente, encontra eco entre alguns jornalistas. Sabe sim. Os procuradores falaram em bom português ontem: os réus são acusados de enriquecimento ilícito, desvio de recursos públicos e desrespeito aos princípios da probidade administrativa. Estão, para falar uma linguagem mais direta, sendo acusados de roubo e desonestidade. É disso que se trata.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
MP Federal pede afastamento da governadora Yeda Crusius
Clarissa Pont
Depois da fraude no Departamento de Trânsito (Detran) gaúcho, investigada pela Operação Rodin e responsável por um rombo de R$ 44 milhões nos cofres públicos, o Rio Grande do Sul não viu passar semana sem que aparecesse uma nova acusação contra o governo de Yeda Crusius. Na tarde desta quarta-feira (5), um novo capítulo promete desvendar definitivamente diversas dúvidas que pairam sobre a possibilidade de a governadora tucana permanecer no cargo. A ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal (MPF) atinge em cheio nomes conhecidos da política gaúcha e pessoas próximas da governadora, que trabalharam na campanha ou possuem cargos chave no governo. O mais surpreendente, no entanto, é a presença do nome da própria Yeda Crusius e de seu marido na lista.Segundo o MPF, a ação de improbidade administrativa movida contra a governadora e Carlos Crusius atinge também a assessora do governo estadual Walna Menezes; o ex-secretário-geral de governo Delson Martini; o deputado federal José Otávio Germano (PP); os deputados estaduais Luiz Fernando Zachia (PMDB) e Frederico Antunes (PP); o presidente do Tribunal de Contas do Estado, João Luiz Vargas; e o tesoureiro da campanha do PSDB ao governo do Estado em 2006, Rubens Bordini. O calhamaço de mais de 1200 páginas propõe o afastamento temporário dos agentes públicos enquanto durar o processo e a perda dos cargos após o julgamento. Também pedirá o bloqueio de bens ou valores que os acusados tenham auferido ilicitamente e o ressarcimento dos mesmos aos cofres públicos, suspensão dos direitos políticos por até dez anos, pagamento de multa e proibição de contratar com o poder público por dez anos.Em entrevista coletiva, os promotores que compõem a força-tarefa da investigação sobre os desdobramentos da fraude do Detran no final de 2007 não detalharam as acusações contra a governadora. Disseram apenas que há irregularidades como enriquecimento ilícito, dano ao erário público e ferimento aos princípios da administração pública. Segundo o MPF, foram analisados mais de 20 mil áudios de escutas telefônicas, que resultaram em um procedimento de investigação de mais de 30 volumes. "Com esse material, foi possível concluir com serenidade e segurança a representação recebida, medidante o ajuizamento de ação de improbidade administrativa em face de outras nove pessoas", informou o procurador Eurico Rodrigues de Freitas.“Não haverá moleza para estes réus” O comportamento da governadora nos últimos dias já indicava que ela previa chuvas e trovoadas. Depois de uma semana na cidade de Canela, na Serra Gaúcha, ela voltou às atividades na segunda-feira, mas não compareceu à reunião de coordenação de governo que estava agendada. Na terça-feira (4) faltou a outro compromisso agendado, o lançamento da Expointer, e à noite viajou de novo para Canela. Até o fechamento desta edição, Yeda Crusius não concedeu entrevistas e apenas funcionários que trabalham no Palácio das Hortênsias, espécie de casa de campo do governo, tinham permissão para entrar e sair do local. Levando-se em conta frase do promotor Adriano dos Santos Raldi, a governadora não poderá esconder-se por muito tempo. “Não haverá moleza para estes réus” afirmou Raldi durante coletiva do MPF. “Como vocês podem antever, foi um trabalho de vulto. Eu queria destacar que uma grande parte do que está sendo apresentado hoje é composto de elementos que foram recolhidos na Operação Solidária, que se iniciou em Canoas e que quando chegou ao Supremo Tribunal Federal sofreu um lamentável vazamento de informação que prejudicou a investigação. A Solidária poderia ser mais proveitosa se isso não tivesse ocorrido. Mas todos os elementos de interesse para este processo foram utilizados”, esclareceu Raldi. Os deputados de oposição concordam em parte. Para as bancadas que vêm lutando pela criação de uma nova CPI na Assembléia Legislativa, agora a criação da Comissão é ainda mais importante. Principalmente porque, segundo a bancada do PT, informações da Operação Solidária incriminariam ainda mais pessoas além dos nove nomes citados pelo MPF. Os três deputados do PDT que não haviam assinado o documento pela Comissão passaram a tarde reunidos com o partido e outras bancadas de oposição para avaliar as novas denúncias. No final da tarde, Gerson Burmann, Kalil Sehbe e Giovani Cherini retificaram o pedido de CPI. O esforço agora é no sentido de divulgação do conteúdo da ação em detalhes. Conforme a procuradora Jerusa Burmann Viecili, a juíza federal Simone Barbisan Fortes "terá de analisar e notificar os réus para que apresentem sua resposta à Justiça". Simone Fortes notificará os nove denunciados para que possam apresentar defesa preliminar— o que terá de ser feito em até 15 dias.