Marco Weissheimer

Buenas vivente

Olá seja bem vindo ao buteco se delicie com o nosso cardápio!

segunda-feira, 15 de março de 2010

O Jeito Tucano de Governar.


Os tucanos têm o costume de dizer que suas sucessivas gestões no governo do Estado de São Paulo são exemplos de administrações bem sucedidas.

Se por um lado, para quem vive em São Paulo e sofre cotidianamente as mazelas de serviços públicos precários, essa afirmação é uma grande falácia, por outro, a blindagem que a grande imprensa faz das gestões tucanas e a submissão da Assembléia Legislativa, que já engavetou dezenas de CPIs, faz com que se tenha uma, equivocada, percepção de que São Paulo vai bem.

Pois não vai, durante os governos tucanos, o Estado de São Paulo perdeu participação no PIB nacional, foi promovida a maior transferência de patrimônio público para a iniciativa privada que se tem notícia no país (R$ 79,2 bilhões), o funcionalismo vive a míngua, a educação pública é uma tragédia, sem falar na falta de democracia e diálogo que vigora. José Serra, presidente da UNE, no golpe militar em 1964, foi o responsável pela invasão da PM à USP, algo que não se via desde o sombrio ano de 69.

Com a perspectiva de deixar mais nítido os resultados e o jeito tucano de governar, além de municiar a militância e os movimentos sociais, que a bancada petista na ALESP está publicando o caderno “Diagnóstico da Gestão Tucana em São Paulo”. Em 84 páginas, é feito um raio-X sobre a atuação do governo estadual nas áreas de: agricultura, cultura, desenvolvimento econômico, educação, esporte e lazer, finanças, funcionalismo, habitação, meio ambiente, promoção social e direitos humanos, saneamento e drenagem urbana, saúde, segurança pública e transportes.

Enfim, uma leitura obrigatória para a disputa de 2010. Para baixar clique aqui.

sábado, 13 de março de 2010

Voto Minerva do presidente derruba Moção de apoio à Consulta Acadêmica na UCS

Moisés Paese (PDT) votou contra Moção depois de votação terminar empatada.

A eleição para a reitoria da Universidade de Caxias do Sul (UCS) foi tema da Sessão da Câmara de Vereadores, nesta quinta-feira. O que motivou a discussão, acirrada, foi a Moção de apoio ao resultado da Consulta Acadêmica para a escolha do reitor de autoria do vereador Rodrigo Beltrão (PT). A matéria não foi aprovada por causa do voto Minerva do presidente da Casa, o vereador Moisés Paese (PDT). A votação terminou empatada, 07 votos contra e 07 a favor. Pelo regimento interno, coube ao presidente desempatar.

Paese disse que se votasse favorável, estaria indo contra aquilo que defende, a democracia direta para a escolha de seus representantes em qualquer decisão ou regime. O autor da Moção, disse que o objetivo é que a Câmara de Vereadores, enquanto representação do povo pudesse transparecer o que já é uma posição dos professores, funcionários da UCS e dos próprios candidatos que já manifestaram o desejo de que o resultado da Consulta seja respeitado pelo Conselho Diretor.

A situação justificou que tanto o autor quanto a bancada de oposição tentaram fazer política com a questão, porque o atual reitor da Instituição, Izidoro Zorzi, tem uma ligação muito forte com o PMDB, partido do prefeito José Ivo Sartori, que inclusive é filiado à Sigla.

O vereador Édio Elói Frizzo, foi o mais enfático e chegou a acusar Rodrigo Beltrão de estar pautando a Câmara. Ele disse que questiona se pesos diferentes dados para professores, alunos e funcionários, no processo de consulta, é justo. “Sabemos dos interesses da Universidade envolvidos nesse processo, por isso não se deve tomar decisões precipitadas. Além disso, construções de matérias polêmicas devem ser coletivas, ter a participação dos demais Vereadores”, discursou. O vereador Daniel Guerra (PSDB), disse que votou favorável mesmo que a Moção tenha sido encaminhada anterior ao resultado da consulta, porque consulta é consulta e cabe ao Conselho acatar ou não a decisão.

O vereador Ari Dallegrave chegou a ficar irritado com o vereador Beltrão e justificou que o caráter preventivo da Moção impede o voto favorável. Ela se refere ao resultado das eleições, que só acontecem a partir do próximo dia 15. “A Casa não pode concordar com algo ainda abstrato. Sugiro que o Vereador proponente reapresente o documento, após o resultado”, disse. Marcos Daneluz (PT), falou que o fato da Moção ser anterior às eleições descarta qualquer intenção político-partidária do documento. “No momento, a consulta é a opção mais democrática”, alegou.

Geni Peteffi (PMDB), disse que a Moção, se aprovada, representaria a vontade da Casa. Dessa maneira, surgeria uma situação delicada caso o resultado da consulta não seja acatado pelo Conselho Diretor e entende que o autor da Moção tentou intimidar a Casa. “Votei contra, como sempre voto pelas minhas convicções”, disse.

A vereadora Ana Corso (PT) disse que a Moção concorda com a possibilidade de consulta, que acata a vontade da comunidade universitária. “Os estudantes devem contar com essa opção democrática”, alegou. Para ela a Casa já votou Moção encaminhada individualmente e justificou que o mérito da matéria coloca que a Câmara teria posição a uma relação de apoio a decisão do Conselho Diretor, que abriu a consulta para a eleição da reitoria.

O vereador Mauro Pereira votou contra justificando que faltou debate sobre a questão e que não tem conhecimento de que está por trás da Moção. A vereadora Denise Pessôa (PT) lembrou que o Conselho Diretor da UCS apóia a consulta acadêmica, assim, a Moção vem ao encontro dessa idéia. “É o meio mais Democrático do qual se dispõe no momento, mesmo não sendo uma consulta direta”, justificou.

Votaram a favor da Moção, os vereadores petistas: Marcos Daneluz, Ana Corso, Rodrigo Beltrão e Denise Pessôa, os vereadores Renato de Oliveira (PC do B), Daniel Guerra (PSDB) e Gustavo Toigo (PDT).

Votaram contra a Moção, os vereadores peemedebistas: Ari Dallegrave, Alaor de Oliveira, Geni Peteff e Mauro Pereira e os vereadores Édio Elói Frizzo (PSB), Renato Nunes (PRB) e Arlindo Bandeira (PP).

Estiveram ausentes os vereadores: Assis Mello (PC do B) que saiu no momento da discussão e Pedro Incerti (PDT), que não estava na Sessão.

sexta-feira, 5 de março de 2010

As mídias e a direita !!


Em seminário promovido pelo Instituto Milleniun em São Paulo, a direita, ops digo a mídia brasileira colocou as suas manguinhas de fora e apresentou o trabalho sujo a ser feito nas eleições de 2010.

O risco Dilma para aqueles que crêem no livre mercado e nas privatizações é muito grande, não apenas por se distanciar de uma agenda neoliberal e enterrar de vez o esqueleto ideológico que o PSDB/DEM representa ao país.

O risco é muito maior, pois cria um novo ciclo da política brasileira, o ciclo pós Lula. Por que ciclo pós Lula? Um novo ciclo que coloca na agenda do Estado Brasileiro a garantia de direitos essenciais ao homem e a mulher. Qualquer que seja o projeto colocado para as disputas eleitorais de 2010 minimamente terá que reafirmar um programa até hoje construído pelo 8 anos do governo Lula.


A tática eleitoral da mídia- direitona é atacar e construir a pecha na candidatura Dilma como sendo a candidata do Stalinismo, da censura, da não liberdade. A candidatura Dilma é a que pode de uma forma ou outra conduzir a mais direitos sociais e ampliação do controle social e combate ao oligopolio da mídia no Brasil. Ai está o principal medo da direitona-mídiatica, não ser a detentora da verdade mídiatica e sim perder o privilégio de ser o único meio de informação a população brasileira.


Por isso o bom combate da esquerda também se fará nos meios alternativos de comunicação e combate ao discurso pronto da mídia formal.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Justiça suspende anistia a camponeses do Araguaia


Juiz federal do Rio de Janeiro suependeu pagamento de indenizações a 44 camponeses da região do Araguaia, anistiados pela Comissão de Anistia em 2009. Decisão liminar atende ação interposta por assessor ligado ao gabinete do deputado Flávio Bolsonaro (PP-RJ), filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). "Este mesmo cidadão ingressou com outra ação popular que suspendeu a anistia de Carlos Lamarca que concedemos em 2007", revela Paulo Abrão, presidente da Comissão de Anistia, que vai recorrer da decisão da Justiça federal do RJ.

O juiz José Carlos Zebulum, da 27ª Vara Federal do Rio de Janeiro, suspendeu o pagamento das indenizações aos 44 camponeses do Araguaia anistiados pela Comissão de Anistia em 2009, informa o presidente da Comissão, Paulo Abrão. Trata-se de uma liminar, com efeito suspensivo, a partir de uma ação popular interposta por um assessor ligado ao gabinete do deputado Flávio Bolsonaro (PP-RJ), filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ).

“Este mesmo cidadão ingressou com outra ação popular que suspendeu a anistia de Carlos Lamarca que concedemos em 2007”, revela Abrão. Em mais de 8 anos de existência da Comissão, trata-se dos dois únicos casos em que uma decisão judicial suspendeu decisão da Comissão de Anistia concessiva de direitos (as indenizações variam de R$ 83 mil a R$ 142 mil).

“O juiz concedeu a liminar sem sequer ouvir previamente a Comissão. Estamos recorrendo da decisão,” diz Abrão. Segundo ele, a Comissão continuará a apreciar os demais requerimentos de anistia de camponeses do Araguaia.

“Temos ainda mais 150 pedidos para estudar e apreciar e não suspenderemos nossas atividades regulares em matéria da Guerrilha do Araguaia. E aguardamos o bom senso do juiz em rever esta decisão que amparou-se única e exclusivamente em alegações de um cidadão do Rio de Janeiro que não acompanhou o árduo trabalho que resultou na colheita de mais de 300 depoimentos in loco, filmados e gravados, na região do Araguaia em 3 incursões que lá fizemos em 2008 e 2009 acompanhados de convidados da sociedade civil, de outras áreas do governo e do movimento dos perseguidos políticos”.

A Comissão da Anistia ouviu 120 pessoas nestas conversas com os camponeses, que relataram casos de tortura, perda de pequenas propriedades e mortes, durante a ação dos militares brasileiros contra a guerrilha que atuava na região (1972-1975).

José Felix Filho, de 61 anos, foi preso e torturado pelos militares, acusado de colaborar com os “paulistas” (como os guerrilheiros eram conhecidos). Além disso, teve sua propriedade doada e hoje trabalha como carpinteiro em Marabá (PA). Domingos Silva, de 53 anos, relatou que passou nove meses preso, sob a mesma acusação feita a José Felix. “Levei choque e porrada. Também perdi a minha terra”. Estes são alguns dos casos, cuja anistia e reparação vem sendo contestada na Justiça pelos Bolsonaro, que representam os setores mais conservadores das Forças Armadas.

Fotos:Arquivo pessoal de José Antônio de Souza Perez