Marco Weissheimer

Buenas vivente

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sábado, 13 de março de 2010

Voto Minerva do presidente derruba Moção de apoio à Consulta Acadêmica na UCS

Moisés Paese (PDT) votou contra Moção depois de votação terminar empatada.

A eleição para a reitoria da Universidade de Caxias do Sul (UCS) foi tema da Sessão da Câmara de Vereadores, nesta quinta-feira. O que motivou a discussão, acirrada, foi a Moção de apoio ao resultado da Consulta Acadêmica para a escolha do reitor de autoria do vereador Rodrigo Beltrão (PT). A matéria não foi aprovada por causa do voto Minerva do presidente da Casa, o vereador Moisés Paese (PDT). A votação terminou empatada, 07 votos contra e 07 a favor. Pelo regimento interno, coube ao presidente desempatar.

Paese disse que se votasse favorável, estaria indo contra aquilo que defende, a democracia direta para a escolha de seus representantes em qualquer decisão ou regime. O autor da Moção, disse que o objetivo é que a Câmara de Vereadores, enquanto representação do povo pudesse transparecer o que já é uma posição dos professores, funcionários da UCS e dos próprios candidatos que já manifestaram o desejo de que o resultado da Consulta seja respeitado pelo Conselho Diretor.

A situação justificou que tanto o autor quanto a bancada de oposição tentaram fazer política com a questão, porque o atual reitor da Instituição, Izidoro Zorzi, tem uma ligação muito forte com o PMDB, partido do prefeito José Ivo Sartori, que inclusive é filiado à Sigla.

O vereador Édio Elói Frizzo, foi o mais enfático e chegou a acusar Rodrigo Beltrão de estar pautando a Câmara. Ele disse que questiona se pesos diferentes dados para professores, alunos e funcionários, no processo de consulta, é justo. “Sabemos dos interesses da Universidade envolvidos nesse processo, por isso não se deve tomar decisões precipitadas. Além disso, construções de matérias polêmicas devem ser coletivas, ter a participação dos demais Vereadores”, discursou. O vereador Daniel Guerra (PSDB), disse que votou favorável mesmo que a Moção tenha sido encaminhada anterior ao resultado da consulta, porque consulta é consulta e cabe ao Conselho acatar ou não a decisão.

O vereador Ari Dallegrave chegou a ficar irritado com o vereador Beltrão e justificou que o caráter preventivo da Moção impede o voto favorável. Ela se refere ao resultado das eleições, que só acontecem a partir do próximo dia 15. “A Casa não pode concordar com algo ainda abstrato. Sugiro que o Vereador proponente reapresente o documento, após o resultado”, disse. Marcos Daneluz (PT), falou que o fato da Moção ser anterior às eleições descarta qualquer intenção político-partidária do documento. “No momento, a consulta é a opção mais democrática”, alegou.

Geni Peteffi (PMDB), disse que a Moção, se aprovada, representaria a vontade da Casa. Dessa maneira, surgeria uma situação delicada caso o resultado da consulta não seja acatado pelo Conselho Diretor e entende que o autor da Moção tentou intimidar a Casa. “Votei contra, como sempre voto pelas minhas convicções”, disse.

A vereadora Ana Corso (PT) disse que a Moção concorda com a possibilidade de consulta, que acata a vontade da comunidade universitária. “Os estudantes devem contar com essa opção democrática”, alegou. Para ela a Casa já votou Moção encaminhada individualmente e justificou que o mérito da matéria coloca que a Câmara teria posição a uma relação de apoio a decisão do Conselho Diretor, que abriu a consulta para a eleição da reitoria.

O vereador Mauro Pereira votou contra justificando que faltou debate sobre a questão e que não tem conhecimento de que está por trás da Moção. A vereadora Denise Pessôa (PT) lembrou que o Conselho Diretor da UCS apóia a consulta acadêmica, assim, a Moção vem ao encontro dessa idéia. “É o meio mais Democrático do qual se dispõe no momento, mesmo não sendo uma consulta direta”, justificou.

Votaram a favor da Moção, os vereadores petistas: Marcos Daneluz, Ana Corso, Rodrigo Beltrão e Denise Pessôa, os vereadores Renato de Oliveira (PC do B), Daniel Guerra (PSDB) e Gustavo Toigo (PDT).

Votaram contra a Moção, os vereadores peemedebistas: Ari Dallegrave, Alaor de Oliveira, Geni Peteff e Mauro Pereira e os vereadores Édio Elói Frizzo (PSB), Renato Nunes (PRB) e Arlindo Bandeira (PP).

Estiveram ausentes os vereadores: Assis Mello (PC do B) que saiu no momento da discussão e Pedro Incerti (PDT), que não estava na Sessão.