O Rio Grande do Sul vive um verdadeiro estado de sítio; os movimentos sociais são criminalizados; e a tentativa de intimidação é clara a todos os setores que se opõem a este governo corrupto do PSDB.
A intimidação por parte do governo se dá de duas formas distintas. Primeiramente, pelo aparato institucional da Brigada Militar, que reprime e criminaliza as mobilizações sociais, como se voltassemos aos anos de chumbo, quando lutar por direitos era crime passível de pena de morte. O segundo ato de terrorismo governista, se dá por ameaças a agressões a militantes e lideranças sociais. Ontem, em plena votação do processo de impeachment da governadora, na assembléia legislativa do Rio Grande do Sul, tornei-me vítima de um destes atentados do governo Yeda.Fui agredido físicamente por parte de um " leão de chacará" adesivado com os dizeres " Yeda faz o Rio Grande Crescer".
Não fui o único a sofrer este tipo intimidação por pessoas ligadas a partidários do governo. Recentemente, ao sair de um estacionamento, a presidenta do CPERS-sindicato foi agredida por um indivíduo que dirigia um carro sem placas. Com um porrete de plástico, o tal cidadão desferiu-lhe um golpe nas pernas, fugindo em seguida.
Outro exemplo das práticas ortodoxas do atual governo é o recente caso do colono sem terra Elton Brum, que foi assassinado pelas costas, com um tiro de calibre 12 disparado por um membro da Brigada Militar, em São Gabriel, durante a desocupação de terra na fazenda Southal. Até hoje, o matador não foi penalizado.
Nós, militantes dos movimentos sociais, deixamos claro que este tipo de abordagem jamais nos calará, mesmo tendo sido sufocado o grito de indignação de um companheiro como Elton Brum, que foi morto por este governo. O silênciamento desta voz ecoará constantemente nas consciência de cada militante dos movimentos sociais do RS, incentivando a justa luta pela cidadania e pela igualdade de direitos.
Não recuaremos nem um passo na denúncia da corrupção deste governo. Não há qualquer tentativa de intimidação, por parte de quem quer que seja, que nos cale. Nossa consciência não se amedronta e continuará a guiar os nossos atos sempre em oposição ao descaso com as políticas para a educação pública e para com os mais pobres.
Nem um passo atrás. O Rio Grande do Sul precisa de nossa coragem para enfrentar a corrupção e aqueles que dela beneficiam-se. Não tentem nos calar.
"Os poderosos podem matar uma ou duas rosas, mas jamais deterão a primavera" - Che Guevara.