Boteco do Pulga - Conversas de Boteco
Este boteco servirá para trazer aos amigos e amigas algumas das discussões para a mesa de bar sobre meio ambiente,economia solidária, movimento estudantil e a construção de uma sociedade justa, soberana e fraterna. Serão servidas doses apimentadas, doces, suaves, amargas e ácidas tudo de acordo com o gosto da clientela que por aqui irá passar Sinta-se a vontade peça a sua dose de palavras no cardápio e saboreie com participação.
Marco Weissheimer
Buenas vivente
terça-feira, 24 de maio de 2011
Carta do Chefe Seatle !
"O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem.
Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.
Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.
Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.
Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência.
Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."
Novo texto do Código Florestal piora o que já era ruim
* Texto retirado do sitio eletrônico da CUT
Em marcha nesta segunda, movimentos sociais atacaram texto que anistia desmatadores e pode ser votado hoje (24)
Escrito por: Luiz Carvalho
Desde a manhã desta terça-feira (24), mais uma vez a Câmara dos Deputados discute o substitutivo que promove alterações no Código Florestal. Porém, da mesma forma que nas semanas anteriores, não há garantia de que a reforma será votada.
A única certeza é que o substitutivo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) não agrada nem movimentos sociais, nem ambientalistas, conforme destacou a marcha que as entidades promoveram do Parque da Cidade de Brasília até a frente do Congresso nacional, onde ocorreu um grande ato unificado na manhã desta terça-feira (24).
Presente na manifestação, a secretária do Meio Ambiente da CUT, Carmen Foro, relatou que a movimentação é uma forma de ampliar o diálogo sobre um relatório que beneficiará apenas o agronegócio. “Estamos mobilizados porque o relatório inseriu novamente temas que já haviam sido superados. Enquanto isso, o diálogo com o governo voltou à estaca zero”, afirmou.
Caso aprovado da forma como está, o texto de Rebelo diminui as áreas de preservação permanente, além de anistiar de multas aqueles que desmataram até 2008 e a quem aderir ao Programa de Regularização Ambiental.
Outro ponto de discórdia é a isenção de recomposição da vegetação nativa aos agricultores com até quatro módulos fiscais. Nesse caso, há dois problemas: como a definição do módulo fiscal varia em cada estado, a medida beneficia desde agricultores familiares até latifundiários, já que os grandes proprietários costuma dividir suas propriedades com base nesses parâmetros. A medida também abre espaço para que o agronegócio desmate agora e aponte que o crime ocorreu há três anos.
Enquanto diversos agricultores e representantes dos movimentos sociais contrários às mudanças tentam entrar neste momento no plenário da Câmara, parlamentares favoráveis às mudanças no Código Florestal demonstram pressa na votação. Ex-ministros do meio ambiente também se reuniram com a presidenta Dilma Rousseff para pedir o veto à reforma.
A iniciativa de impedir o debate pode ter explicação no perfil da bancada ruralista. Do total de congressistas, 18 foram multados pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) – 15 deputados e três senadores –, principalmente por desmatamento de reservas legais e áreas de preservação permanente, e seriam beneficiados pelas alterações no Código Florestal.
Segundo a presidenta da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf) e diretora Executiva da CUT, Elisângela Araújo, a expectativa é que, caso o relatório realmente seja aprovado, os pontos que prejudicam quem produz com respeito ao meio ambiente sejam vetados pelo Executivo. “A presidenta Dilma já disse que os agricultores familiares serão tratados de maneira diferenciada e que não apoiará a anistia para os desmatadores. Também iremos para a luta no Senado, caso a Câmara vote com o agronegócio”, apontou.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Praça dos Esportes e da Cultura
domingo, 22 de maio de 2011
Os espaços públicos nem tão públicos assim!
A idéia de que as cidades possuem uma esfera pública, pertencente e usada pela coletividade e uma esfera privada, cuja posse e manutenção respondem aos interesses de um ou mais indivíduos específicos, é bastante antiga, mas virá a se definir plenamente com a urbanística grega durante a Antiguidade Clássica. Para os gregos, a ágora era o espaço que inserido na pólis, representava o espírito público desejado pela coletividade da população e onde se exercia a cidadania.
Mas a prefeitura de Porto Alegre, teima em tentar de todas as formas tornar os espaços públicos, os espaços da cidadania do povo de Porto Alegre em um espaço privado. Num espaço que responda apenas a interesses dos seus "proprietários", infelizmente esta é a ótica dos governos Fogaça-Fortunatti.
Quero destacar aqui 3 debates e obras que estão acontecendo em Porto Alegre, a primeira foi a destinação do espaço público do Teatro do Araújo Vianna para a Pepsi e Opus produtora. A segunda e a imagem que posto aqui segue como exemplo é a destinação do espaço do mercado público a Coca Cola. E por fim a tentativa novamente da prefeitura de POA e de seu prefeito Fortunatti ( PDT) de tentar cercar o parque da redenção, que é um símbolo de Porto Alegre.
Espero que a população de Porto Alegre se atente aos espaços de lazer e de construção de cidadania e defenda estes espaços de qualquer tentativa de nova privatização.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
O governo dos esquecidos e dos lutadores sociais!
No dia 21 de agosto de 2009, era assassinado covardemente com um tiro pelas costas Elton Brum, militante e lutador social do movimento dos trabalhadores sem terra. Esta era a forma como o governo de Yeda Cruzius (PSDB) tratava os movimentos sociais que reivindicavam seus direitos, era na bala e no cacetete.
Os tempos do governo Yeda foram desastrosos para agricultura familiar em nosso Estado,o fim do gabinete da reforma agrária,a não assinatura do PRONERA, a criminalização do MST,a não negociação das dívidas com os pequenos agricultores e falta de prioridade de investimento aos pequenos produtores rurais foram algumas das ações de desmonte das políticas públicas que Yeda fez em nosso Estado.
O Governo Tarso foi eleito com o compromisso de lutar pelos pequenos produtores rurais, retomar os investimentos no setor e garantir uma política de desenvolvimento integrado para nosso estado. Valorizar a agricultura familiar é garantir uma alimentação saudável ao povo brasileiro, estudos apontam que 70% dos alimentos consumidos são oriundos de pequenas propriedades rurais.
Hoje foi um dia histórico, pois se a dois anos atrás tivemos um governo que foi responsável pela morte de um agricultor familiar. Hoje dia 19 de maio de 2011 vimos o governador Tarso Genro(PT) receber milhares de agricultores familiares na praça da matriz e vestir o boné do MPA (movimento de pequenos agricultores) movimento que é ligado a Via Campesina.Tarso genro (PT) afirmou que é parceiro da luta dos agricultores e agricultoras familiares no abatimento das dívidas contraídas por estes e será interlocutor junto ao governo federal.
Tarso Genro(PT) logo no início do governo já sinalizava apoio ao movimento de pequenos agricultores primeiro com a anistia de dividas a 44.842 produtores com a aprovação do PL 01/2011 que anistiou agricultores beneficiados nos programas de créditos do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais – FEAPER, do Fundo de Terras do Estado do Rio Grande do Sul – Funterra/RS e do Fundo Pró-rural 2000. Depois a retomada da política das escolas itinerantes do MST e a educação da terra, com certeza este governo é dos esquecidos e dos lutadores sociais.
Muita luta ao povo do campo e uma saudação ao companheiro Elton Brum que hoje esta conquista seja em sua homenagem!
Pátria Livre, Venceremos !
sábado, 14 de maio de 2011
Amigo consultor
Por isso novamente. estarei usando esta ferramenta para comunicar, diálogar e construir posiçoes na sociedade.
segunda-feira, 15 de março de 2010
O Jeito Tucano de Governar.
Os tucanos têm o costume de dizer que suas sucessivas gestões no governo do Estado de São Paulo são exemplos de administrações bem sucedidas.
Se por um lado, para quem vive em São Paulo e sofre cotidianamente as mazelas de serviços públicos precários, essa afirmação é uma grande falácia, por outro, a blindagem que a grande imprensa faz das gestões tucanas e a submissão da Assembléia Legislativa, que já engavetou dezenas de CPIs, faz com que se tenha uma, equivocada, percepção de que São Paulo vai bem.
Pois não vai, durante os governos tucanos, o Estado de São Paulo perdeu participação no PIB nacional, foi promovida a maior transferência de patrimônio público para a iniciativa privada que se tem notícia no país (R$ 79,2 bilhões), o funcionalismo vive a míngua, a educação pública é uma tragédia, sem falar na falta de democracia e diálogo que vigora. José Serra, presidente da UNE, no golpe militar em 1964, foi o responsável pela invasão da PM à USP, algo que não se via desde o sombrio ano de 69.
Com a perspectiva de deixar mais nítido os resultados e o jeito tucano de governar, além de municiar a militância e os movimentos sociais, que a bancada petista na ALESP está publicando o caderno “Diagnóstico da Gestão Tucana em São Paulo”. Em 84 páginas, é feito um raio-X sobre a atuação do governo estadual nas áreas de: agricultura, cultura, desenvolvimento econômico, educação, esporte e lazer, finanças, funcionalismo, habitação, meio ambiente, promoção social e direitos humanos, saneamento e drenagem urbana, saúde, segurança pública e transportes.
Enfim, uma leitura obrigatória para a disputa de 2010. Para baixar clique aqui.